sábado, 5 de junho de 2010

24 / Abril / 2008

De ----> S <3
Para ----> T @

São poucas as pessoas que percebem. Meu Deus! Até pergunto se há quem perceba.
O mundo em que vivemos nem sempre é cor-de-rosa.
Como tu sabes, a vida é feita de oportunidades. Oportunidades que nos cabe aproveitar, ou não.
Deveríamos ser nós a escolher o nosso caminhos, o nosso percurso enquanto Homens ou Mulheres. Mas a verdade é que nem sempre acontece isso. E tu, tu entendes. Melhor que ninguém TU sabes, por tudo aquilo que eu passei.
A verdade é que em toda a minha vida, nunca ouve aquele momento chave. Aquele momento em que eu poderia optar. Entre o certo e o errada, se deveria mentir ou dizer a verdade. Nunca ouve um momento em que pudesse ser EU a escolher.
E é por isso que te escrevo. Sempre foste a pessoa com quem desabafei. A pessoa que guardava os meus segredos, fossem eles quais fossem. Acho que tens o direito de saber o que estou prestes a fazer. A dizer perante todo o mundo. Num acto cruel e egoísta.
Eu sei, eu sei!
Mas é esta a MINHA decisão.
É isto que eu penso e é isto que eu vou fazer...
Sabes... Muitas pessoas falam da morte, como se soubessem o que é. Como se por lá já tivessem passado. Pois bem, eu não te vou falar da morte, até porque acho, que mesmo que falasse, nada de verto poderia dizer.
Bem que eu gostava.
De poder olhar e ver mais alguma coisa. Bem que eu gostava, de falar e sentir todas as palavras que brutam da minha boca. Vivê-las, murmurá-las e percebe-las. Saber que não é apenas mais uma mentira mal dita.
Bem que eu gostava..
Se calhar a culpa até é minha. E se calhar, a verdade encontra-se nesse meio entre a mentira e aquilo que eu penso. Um equilíbrio que eu procuro, de certa forma nunca querendo encontrar. Pergunto se o problema é meu. Pergunto se a culpada sou eu, e uma imagem aparece pouco nítida no meu pensamento.
Não me perguntes o porquê. Não me perguntes como, nem o quê. Pois tudo o que eu quero é poder esquecer. Tudo o que eu quero é olhar e saber, que não era eu quem estava errada, conseguir sentir, que não era eu a fingir.
Tudo o que eu quero...

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